REENCONTRO
Celeste Aida Pereira de Oliveira
Eu não lembrava de ti
assim... tão bela!
Tão maravilhosa, em sua exuberância
De onde surgiram estas sinuosas curvas, despercebidas
aos olhos da minha lembrança?
Escuto o carro-de-boi
a te ensinar tristes cantigas...
E o aperto no peito é tão presente
(e tão sentido) que o coração sufoca,
transformando-se em dor
o distante gemido.
E tu estás aqui
Plena
em toda tua boniteza...
E o carro-de-boi? Para onde foi?
Perdeu-se nos caminhos, talvez insondáveis
da minha infância?
Divago...
É que te miro assim, depois de tanto tempo
e não encontro marcas para enfeiar a tua face.
O tempo...
para ti não é mistério,
pois te fez mais viva e mais vibrante.
Observo o homem que o gado pastoreia
diante da tua beleza, embevecido.
Parece-me um Dirceu, talvez Romeu, quem sabe...Isolda?
A-pai-xo-na-do
por ti: Marília? talvez Julieta? quem sabe... Isolda?
(Cala-me o teu nome)
Mas que importa, se é a mesma paixão?
O vento cochicha em meu ouvido
aquele segredo eterno
que nos faz conscientes
da força de um bem-querer:
-Quero-te demais!
(...)
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Esta é apenas uma parte do poema, que foi retirado do blog da profª Otelice Soares : POESIAS DE OTELICE SOARES
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