sexta-feira, 7 de maio de 2010

Poema da Profª Celeste Oliveira !






REENCONTRO


Celeste Aida Pereira de Oliveira



Eu não lembrava de ti

assim... tão bela!

Tão maravilhosa, em sua exuberância

De onde surgiram estas sinuosas curvas, despercebidas

aos olhos da minha lembrança?



Escuto o carro-de-boi

a te ensinar tristes cantigas...

E o aperto no peito é tão presente

(e tão sentido) que o coração sufoca,

transformando-se em dor

o distante gemido.



E tu estás aqui

Plena

em toda tua boniteza...

E o carro-de-boi? Para onde foi?

Perdeu-se nos caminhos, talvez insondáveis

da minha infância?



Divago...

É que te miro assim, depois de tanto tempo

e não encontro marcas para enfeiar a tua face.

O tempo...

para ti não é mistério,

pois te fez mais viva e mais vibrante.



Observo o homem que o gado pastoreia

diante da tua beleza, embevecido.

Parece-me um Dirceu, talvez Romeu, quem sabe...Isolda?

A-pai-xo-na-do

por ti: Marília? talvez Julieta? quem sabe... Isolda?

(Cala-me o teu nome)

Mas que importa, se é a mesma paixão?



O vento cochicha em meu ouvido

aquele segredo eterno

que nos faz conscientes

da força de um bem-querer:

-Quero-te demais!
(...)
 
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Esta é apenas uma parte do poema, que foi retirado do blog da profª Otelice Soares : POESIAS DE OTELICE SOARES

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