segunda-feira, 17 de maio de 2010

Museu Casa do Sertão expõe acervo de Monsenhor Galvão


Escritos, anotações, recortes de jornais, cópias de documentos e livros compõem a exposição “Monsenhor Galvão: na trilha da história” que retrata parte da trajetória de pesquisador do ex-professor e vice-reitor da Uefs. Galvão foi um dos principais pesquisadores responsáveis pela coleta e reunião de fontes e informações sobre a história de Feira de Santana e região.

A exposição foi montada a partir do acervo pessoal, composto principalmente de manuscritos do referido sacerdote, doado pela família, em 2008, material ainda desconhecido do público pesquisador. Os itens da exposição revelam o trabalho de Monsenhor Galvão como pesquisador assíduo de arquivos paroquiais, públicos e acervos particulares.

Os manuscritos versam principalmente sobre as fontes consultadas para a composição do artigo publicado no primeiro número da Revista Sitientibus, intitulado “Os primeiros povoadores da região de Feira de Santana”, que traz à cena histórica o processo de povoamento e colonização na região ainda no século XVII, bem como a presença dos índios Paiaiás, alvo de perseguições dos colonos portugueses. Além de creditar ao distrito de São José das Itapororocas a condição de primeiro núcleo de povoamento da região de Feira de Santana.

A exposição ficará em exibição até o fim de julho na Sala Dival Pitombo no Museu Casa do Sertão, campus da Uefs. O horário da visitação é das 8 às 11h45 e das 14 as 17h45. Informações pelos telefones (75) 3224-8099 e 3224-8029.


Sobre Monsenhor Galvão












Natural de Brejões (BA), Monsenhor Renato de Andrade Galvão era filho de Pedro de Andrade Galvão e Anísia Galvão. Ordenou-se sacerdote em 1942, porém, somente após duas décadas de sacerdócio assumiria, em 1965, a Paróquia da Catedral de Feira de Santana. Nasceu em 11 de maio de 1918 e faleceu em 9 de abril de 1995.

Em Feira foi um dos fundadores do Serviço de Integração ao Migrante (SIM); da Associação Feirense de Assistência Social (Afas), Obra Promocional de Santana e da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), onde atuou também como professor do Departamento de Ciências Humanas e Filosofia, na extinta disciplina Estudos dos Problemas Brasileiros (EPB). Além de acadêmico, na gestão do professor José Maria Nunes Marques foi vice-reitor entre 1979 e 1987.

Como sacerdote foi pároco de Jaguari, Cícero Dantas e administrador paroquial de Paripiranga, Nova Soure, Cipó, Olindina, Antônio Cardoso e Itapicuru. Chegou a administrar simultaneamente cinco paróquias, devido à carência de sacerdotes. Foi também Cura da Catedral de Santana, Vigário Geral da Diocese e membro do Conselho Presbiterial.

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